Ao longo de sua história, Valinhos recebeu um grande número de imigrantes vindos da Itália e Japão, que ajudam a manter os laços da cidade com ambos os países. Devido às crises políticas e guerras, a cidade passou a receber na última década famílias refugiadas. Como nesta quarta-feira, dia 20, foi o Dia Mundial do Refugiado, o Jornal de Valinhos fez um levantamento junto à ACOVIDAS (Acolhimento Sem Fronteiras Ajuda Humanitária), criada em 2018 em Valinhos, que apontou que a cidade possui atualmente 285 pessoas refugiadas cadastradas no projeto.
Do total de cadastrados, 200 são originários da Venezuela, 50 do Haiti, 25 de Cuba e 10 do continente africano, países em regiões com crise sócio-política econômica ou que sofreram desastres naturais.
“A ACOVIDAS nasceu da necessidade de urgência de ajuda humanitária e integração social aos haitianos, africanos e depois venezuelanos e, por último, cubanos. É um projeto social não assistencialista e sem ideologia. Formado por voluntários chamados de ‘Amigos de ACOVIDAS de Valinhos e até de outras cidades, buscamos parcerias de trabalho no comércio e indústrias da cidade, além de doações de roupas, móveis e tudo que precisa para montar a casa dos acolhidos, que chegam na situação de vulnerabilidade social” , explica César Braghetto, fundador e voluntário da ACOVIDAS.
O projeto social, que pretende se tornar uma ONG (Organização Não Governamental) ainda tem a ajuda voluntária de conselheiros como a voluntária Rosely Poletto, ativa no apoio na saúde e educação. Além de agilizar o ingresso de crianças nas escolas e creches, ela apoia em outros cuidados ligados à saúde mental e física dos acolhidos fazendo um intercâmbio com órgãos públicos como as secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social por meio dos CRAS’s (Centros de Referência de Assistência Social).